OBEDES LOBADIAS Obedeslobadias@gmail.com
Um leão faminto é capaz de morder a
sua própria carne
Passe a expressão, mas a minha
abordagem é certamente para avaliar o nível de racionalidade, imaculabilidade
ou incorruptibilidade da gente humana.
Primeiramente, tenho de dizer que
nós os humanos somos complicados como nós mesmos. Se digo um “leão faminto é
capaz de morder a sua própria carne” é para cumprir com o meu dever de ser
realista e é neste contexto. Ora vejamos, por motivos alheios ou problemas que
nos apoquentam, somos capazes de arriscar a nossa própria vida mesmo conhecendo
a dor das consequências. O excelentíssimo pai da nação moçambicana Samora
Machel, bem dizia “um corrupto é capaz de trair a nação para o seu próprio
benefício e para o bem do seu lar”. Fugindo um pouco do assunto, Samora era um
político responsável e fiel à lei e honrava com a justiça rumo ao
desenvolvimento de Moçambique.
Mas, segundo as histórias que a minha
pobre e falecida avó me contava e que até hoje me lembro, Samora sempre aconselhou o seu
estimado e maravilhoso povo a não se deixar levar com a política dos
libertadores e nem a acreditar nos políticos vindouros. É bom recordar mas,
deixa voltar ao meu assunto. Dizia eu que nos dias que correm, é normal um “Zé
Ninguém” decidir sair da sua própria casa até à rua com os bolsos recheados de “mola”
com uma fome daquelas de leão sabendo que com o dinheiro em sua posse pode bem
fazer uma refeição completa para satisfazer a sua fome e o seu estômago. Além
de dar um proveito no seu dinheiro, pois existe muita gente rica em pobreza e
pobre em dinheiro que carece deste, ele vai com imenso gosto limitar-se em
comprar aquele nosso lanche típico da escola Secundaria Geral 25 de Setembro,
as “famosas transas” com um significado oposto ao do dicionário, aliàs, existem
também os “famosos bolos”deliciosos empoeirados e com o pousar das moscas para
matar a fome ou por outra, no momento da aflição todos somos capazes de arriscar
a nossa própria vida até a dos outros. E nós que vendemos não nos importa a
saúde nem a higiene dos outros, quer dizer, dos nossos clientes só nos basta
encher os bolsos de dinheiro e curtirmos a vida a nossa maneira.
Por atenção, reparem nas proximidades
do mercado Brandão, vê-se um bando de jovens taxistas em enormes fileiras para
matar a fome com os bolos, as transas, e as típicas badjias. Alerta vermelho:
vamos cuidar da nossa saúde, pois o mundo só pode viver em paz se houver cuidados
de saúde. É preciso sermos nós a começarmos com esta mudança, portanto, a lição
deste mês termina por aqui, apenas espero que com esta abordagem eu tenha
conseguido convencer-vos que é preciso limitar e controlar as nossas próprias
acções. É neste contexto em que nos atingimos a irracionalidade. Portanto
sejamos jovens imaculados e incorruptíveis. A nossa saúde depende das nossas
acções.
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