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terça-feira, 26 de junho de 2012

Apontados como maiores causadores de acidentes em Quelimane
Carecemos de uma escola de condução para ciclistas “taxistas”
Na cidade de Quelimane vêm-se mais bicicletas que gente e fazem-se passar quase quarto meses pois a colocação de semáforos nas principais vias e nas mais estreitas e movimentadas avenidas da cidade para reduzir o elevado índice de acidentes, garantindo assim a segurança rodoviária.
A bicicleta é o meio mais usado na conhecida terra do coco para transporte pelo facto de não existirem carros suficientes para exercerem essa operação dentro da cidade. Mesmo com os semáforos instalados para garantir a segurança estes meios estão a causar danos humanos e materiais nesta parcela do país.
Só nas duas primeiras semanas do passado mês de maio foram de testemunhar 7 acidentes ocorridos na mesma avenida dos Herois de Libertação Nacional e 4 concomitantemente na avenida Eduardo Mondlane tendo estes, envolvido taxistas e automobilistas e felizmente nenhuma morte registada, apenas feridos ligeira e gravemente mas fora do perigo.
A inquietação das vítimas é a de que qualquer ou a maioria dos acidentes que tem se dado envolvem taxistas. E estes são apontados como maiores decepadores da vida humana pelo facto de desconhecerem a regra de trânsito.
Entrevistados testemunhas oculares em prol dos acidentes estes frisaram que a cidade de Quelimane carece de uma escola de condução para taxistas e que o município deve rever essa situação para a colocação de semaforos nas restantes vias da cidade estas que tem se verificado como sendo mais perigosas as avenidas Eduardo Mondlane e Heróis de Libertação Nacional em cruzamento com a avenida Hamed Sekou Toure devido ao excesso de velocidade.
Em passagem do dia mundial sem Tabaco
o mais rentável produto do Mercado.
Eis a conclusão chegada após uma estadia do PENSAR LÓGICO às vários pontos da cidade de Quelimane em prol da celebração do dia 31 de Maio dia mundial sem Tabaco, dia este que é anualmente, em todo mundo comemorado, com o objecto principal de sensibilizar o maior número possível de pessoas sobre os males provocados pelas drogas e derivados e a interferência das indústrias tabaqueiras.
Nos mercados, nas ruas até nas lojas, vêm-se mais pessoas da cidade de Quelimane com as narinas fumegando que outras impulsionando o não consumo do Tabaco o que levou unânimes e concomitantemente alguns jovens a corroborar que se consome mais o cigarro do que o coco que é nosso.
Dados revelam que Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o Tabaco é o maior destruidor do organismo humano e que mais mata no mundo.
Em interpelação com alguns jovens da cidade supra citada estes que passam o seu dia com as narinas fumegando asseveraram que o Tabaco dá-lhes mais disposição no trabalho, alias fortifica o organismo.” O cigarro é o nosso pão de cada dia”.
OBEDES LOBADIAS                              Obedeslobadias@gmail.com

Um leão faminto é capaz de morder a sua própria carne

Passe a expressão, mas a minha abordagem é certamente para avaliar o nível de racionalidade, imaculabilidade ou incorruptibilidade da gente humana.
Primeiramente, tenho de dizer que nós os humanos somos complicados como nós mesmos. Se digo um “leão faminto é capaz de morder a sua própria carne” é para cumprir com o meu dever de ser realista e é neste contexto. Ora vejamos, por motivos alheios ou problemas que nos apoquentam, somos capazes de arriscar a nossa própria vida mesmo conhecendo a dor das consequências. O excelentíssimo pai da nação moçambicana Samora Machel, bem dizia “um corrupto é capaz de trair a nação para o seu próprio benefício e para o bem do seu lar”. Fugindo um pouco do assunto, Samora era um político responsável e fiel à lei e honrava com a justiça rumo ao desenvolvimento de Moçambique.  
Mas, segundo as histórias que a minha pobre e falecida avó me contava e que até hoje  me lembro, Samora sempre aconselhou o seu estimado e maravilhoso povo a não se deixar levar com a política dos libertadores e nem a acreditar nos políticos vindouros. É bom recordar mas, deixa voltar ao meu assunto. Dizia eu que nos dias que correm, é normal um “Zé Ninguém” decidir sair da sua própria casa até à rua com os bolsos recheados de “mola” com uma fome daquelas de leão sabendo que com o dinheiro em sua posse pode bem fazer uma refeição completa para satisfazer a sua fome e o seu estômago. Além de dar um proveito no seu dinheiro, pois existe muita gente rica em pobreza e pobre em dinheiro que carece deste, ele vai com imenso gosto limitar-se em comprar aquele nosso lanche típico da escola Secundaria Geral 25 de Setembro, as “famosas transas” com um significado oposto ao do dicionário, aliàs, existem também os “famosos bolos”deliciosos  empoeirados e com o pousar das moscas para matar a fome ou por outra, no momento da aflição todos somos capazes de arriscar a nossa própria vida até a dos outros. E nós que vendemos não nos importa a saúde nem a higiene dos outros, quer dizer, dos nossos clientes só nos basta encher os bolsos de dinheiro e curtirmos a vida a nossa maneira.
Por atenção, reparem nas proximidades do mercado Brandão, vê-se um bando de jovens taxistas em enormes fileiras para matar a fome com os bolos, as transas, e as típicas badjias. Alerta vermelho: vamos cuidar da nossa saúde, pois o mundo só pode viver em paz se houver cuidados de saúde. É preciso sermos nós a começarmos com esta mudança, portanto, a lição deste mês termina por aqui, apenas espero que com esta abordagem eu tenha conseguido convencer-vos que é preciso limitar e controlar as nossas próprias acções. É neste contexto em que nos atingimos a irracionalidade. Portanto sejamos jovens imaculados e incorruptíveis. A nossa saúde depende das nossas acções.

Rectângulo arredondado: IDEIAS & OPINIÕESRectângulo arredondado: IDEIAS & OPINIÕESO caminho que dá ao abismo

BENEDITO MACHOCO



“A mulher deve deixar de se considerar o objecto da concupiscência do homem. O remédio está em suas mãos mais que nas mãos do homem” (Mahatma Gandhi ).

A Luísa é uma mulher sem auto estima, despojada. Perdeu o gosto pela vida. Espera pelo seu dia, já implorou muito à Deus para que a tire desse mundo.
- Ó Deus pai, porque continua me mantendo viva neste mundo cruel de tanto sofrimento? Porque não me leva de uma só vez para junto de vós? – Implora desesperada a cada anoitecer. Não vê a hora para partir desta vida, o mundo comenta mal dela. – Com a idade que tem ainda continua a viver sob tutela dos pais, não tem marido. E olha só para ela, nem tem vergonha, continua a parir filhos sem pais em casa dos pais. Faltam só dois para completar uma equipa de futebol. Acusam.
A Luísa que em tempos fora a menina mais bela do bairro de manhaua, hoje, infelizmente, passa as noites em claro, caminha alerta sob pena de surpreender os transuentes escarnecendo-a às costas.
A história de Luísa é mais uma de tantas mulheres moçambicanas, quiçá do mundo, que no passado tiveram escolhas erradas ou por outra, deixaram-se entregar aos prazeres mundanos motivadas pela sua beleza feminina bem proporcionada, de apelo sexual, característica de mulheres negras. E ainda pelos bens materiais alheios. Viveu durante quase toda sua adolescência cercada de rapazes da sua escola que, vigiavam de quando em quando a sua metamorfose. Rejeitou quase a todos os rapazes que pelo menos aproximavam-se-lhe com boas intenções, que a desejavam para no futuro casar com véu e grinalda no altar. Entretanto, alegava serem pobres e que não a levariam a lado nenhum, até que um dia conheceu um tal de Ambrósio ex-regressado da Republica Democrática Alemã (R. D. A). O homem era muito poderoso, detentor de um vasto acervo material desde aparelhagens sonoras (RFT), motorizadas de marca MZ, vídeo cassete, televisores, geleira eléctrica e a petróleo, fogão eléctrico, gerador de energia eléctrica e outro mobiliário de invejar (em 1990 era luxo ter um televisor, até porque contavam-se aos dedos da mão as famílias Quelimanenses que possuíam esta “caixinha mágica”. Tinha uma casa acolhedora, o seu quintal era um clube de cinema, nas noites as crianças acorriam-se para brincar de baixo da luz eléctrica.
Foi deste homem de quem a Luísa apaixonou-se, um homem casado que tinha quase a idade do seu pai, o homem mais desejado do bairro. Alegrava-se com os passeios na boleia de MZ com um homem vestido de fato de napa em pleno verão no asfalto.
Ambrósio prometera-lhe um mar de rosas, um apartamento no bairro administrativo. Pretendia distanciar-se do chão que o viu nascer e crescer, sentir-se verdadeiramente no prédio, ver a cidade aos seus calcanhares,  a grata mirragem das águas do rio dos Bons Sinais. Sempre viveu agoniada por ter pais pobres, tinha até vergonha de os apresentar aos seus amigos, maldizia do seu bairro, sem passeios, estradas asfaltadas, um bairro propenso a cheias.
Com efeito, ela foi vivendo de ilusões, não perdoou o seu jovem corpo de adolescente, entregou-o totalmente ao Ambrósio, o bajulador de miúdas da zona. Com seus dezasseis anos tornou-se mãe de um menino indefeso, inocente, fruto do pecado. Abandonou a escola na quinta classe. Os pais, simplesmente mantiveram-se indiferentes quanto ao comportamento tomado pela filha. Limitavam-se apenas em se regozijar com as delícias que a filha servia à mesa, desde corned-beef, pão, alface, margarina, bolachas de farinha de milho e alguns quilos de carapau e arroz. No entanto, haviam encontrado na filha um jazigo de prosperidade, que podia sanar com as necessidades primárias da família. Para eles, ela podia passear á vontade, porém, mediante uma condição que ia desde a responsabilidade pelos suplementos para o recém-nascido, o resto da família e algumas moedas para o Sr. Madoro o pai da rapariga para comprar algumas chidjangwas catchassu (aguardente fabricada na base de farelo fermentado; de cana doce ou de frutas). O bebé ficava sob tutela da dona Mwandrovesa, mãe da Luísa a sua confidente.
Os tempos foram passando e o agregado familiar foi aumentando em quantidades assimétricas a qualidade de vida que se levava no seio da família. Falta leite para as crianças, falta almoço, falta jantar na mesa; a casa virou um inferno as crianças choram em tudo quanto é canto de casa, não há sossego. O Sr. Madoro reclama das suas habituais chidjangwas de catchassus que já não as via fazia tempo.
Não obstante, Ambrósio evaporara da vida de Luísa, não quer mais saber dela, roubou-lhe a virgindade e deixou-a com máculas indeléveis. Os filhos conhecem-no a distância porque um dia a mãe os dissera que aquele homem que vai de mota era o pai. E assim eles dizem aos amigos ‘‘ aquele senhor que está a guiar aquela mota é meu pai’’.Portanto, é nestas condições que se encontra a nossa amiga, abandonada, conspurcada sem beira e nem eira. Luta por um marido, um que possa a aceitar com todos seus filhos, o que não é fácil numa sociedade onde uma mulher deve se casar virgem. É verdade que nos dias que correm as sociedades africanas tendem a assimilar comportamentos ocidentais, quase já não é problema nenhum casar uma mulher que já tenha procriado, o que é bom no meu ver. Porém, é sempre bom iniciar a vida á dois, isto é, ambos participarem na construção do seu futuro, desde a superação de obstáculos encontrados ao longo da caminhada até o erguer do troféu e, para que ambos se sintam protagonistas da vida que levam e que se evitem as expressões: essa casa é minha, sai da minha casa, os teus filhos são insuportáveis etc.

 
Falta de respeito às autoridades põe um aluno as contas com a políci
Na Av. da Liberdade, Bairro: Três Fios, numa 4ª feira, dia 16 de Maio de 2012 arredores de Quelimane, um aluno dos seus 16 anos de idade que frequenta a 9ª classe na Escola Secundária Geral de Aeroporto Expansão, foi detido pela polícia por se ter alegado que o aluno em causa usou palavras ofensivas aos mesmos. Muito antes do acontecimento, o aluno acusado ía à escola com os seus colegas que,  durante a caminhada, depararam-se com uma briga protagonizada por um vendedor de carvão e um senhor que estava de passagem com a sua bicicleta, ambos de identidade não revelada.
Conta o Ciclista: Aquele Senhor (vendedor de carvão) estava a movimentar seus sacos e eu estava a passar, encostou minha bicicleta e caí, feri-me nos dedos e ele não me quis pedir perdão. Mas, no entanto, dois polícias chegaram para resolver o problema.
O rapaz e os seus colegas, estavam de passagem à caminho da escola. Naquela conversa de alunos, começaram a falar de algemas,  dizendo (nesse caso o indiciado), que as algemas do agente da polícia iriam cair! Então, um dos polícias pergunta aos alunos “O quê?” E o aluno sem dar ouvidos disse […] e o polícia depois de ouvir aquilo, tenta persegui-lo. E sem demoras põe-se em fuga! Logo depois, o rapaz é pego e algemado. O vendedor de carvão querendo se aproveitar daquela perseguição, foge. Quando a polícia chegou, não o viu e, os agentes da Lei e Ordem tentaram procurá-lo e não o encontraram. Os policias acharam conveniente voltarem a tarde para facilitar a captura do indivíduo (vendedor de carvão). E levaram o rapaz para a esquadra.

[…]=>censura de palavra


Os munícipes da cidade de Quelimane necessitam de uma educação de moral e cívica
Eis a conclusão chegada após uma visita do PENSAR LÓGICO nos arredores da cidade de Quelimane. Os munícipes dessa urbe, deitam os resíduos sólidos ao relento. Durante a nossa caminhada encontramos um local à beira da estrada onde estava escrito a tinta preta com letras bem legíveis “NÃO DEITAR LIXO AQUI” mas, o local estava ladeado de lixo.
Será que a ignorância contribui para a proliferação do lixo na cidade? Segundo as informações que arrastamos, a falta de colaboração, assiduidade nos horários para a deposição dos residuos sólidos nos tambores de lixo, a incompetência e a imprudência, são  as causas que têm condicionado para a proliferação do lixo na cidade. Entre  o município e o munícipe de Quelimane, devia haver uma correspondência no sentido de manterem a cidade limpa.  
Seguindo em frente, a nossa equipa  deparou-se com um jovem que estava a deitar lixo à beira da estrada com uma carinho de mão.
A  nossa equipa interpelou-o, e anonimamente disse o seguinte: Porque não gozar dos meus direitos enquanto estou vivo? Deposito o lixo aqui à beira da estrada para a EMUSA fazer o seu trabalho, e o meu trabalho já fiz, que é de transportar o lixo para mais próximo deles, porque eles não passam nas nossas casas, afinal de contas os funcionários da EMUSA trabalham para quê? – concluiu.

Tambores de Lixo deitados no chão

Os tambores de lixo estão sendo enterrados pelo próprio lixo, tudo isso por falta de colaboração dos utentes, caso este que está a acontecer no bairro 25 de Setembro ao lado do lar 25 de Setembro.


Segundo a entrevista feita ao senhor Victor Magalhães, um dos munícipes desta urbe, diz que a quantidade do lixo depositado  diariamente é maior em relação ao lixo recolhido. É por isso que estamos nesta situação tão triste. É  muito lamentável esta situação de lixo na nossa cidade. Como munícipes, a nossa ajuda deverá ser a de colaborar com a EMUSA. O problema é que neste bairro, o único sítio onde se deposita o lixo é aqui e, é por isso que o local encontra-se nesta situação. – Concluiu.
A equipa do PENSAR LÓGICO foi até ao bairro Vila Pita onde depararou-se com um vendedor informal de nome Fernandinho da Costa, cuja sua banca está quase encostada à um tambor de lixo. Segundo suas palavras, nem todos os seus clientes depositam o lixo no tambor, outros ainda, depois de consumir o produto, deitam o pacote ao ar livre. – Concluiu
Seguindo em frente interpelamos um grupo de trabalhadores da EMUSA que fazia o seu trabalho onde, anonimamente nos destacou o seguinte: o povo está a contradizer tudo, nós trabalhamos 24 horas sobre 24. Se o povo fosse unido, nós encontraríamos sempre o lixo nos tambores e o nosso trabalho seria muito rápido porque íamos fazer a recolha do lixo. Mas se continuar assim o trabalho será muito lento. Nós sempre encontramos lixo espalhado em vários lugares e para juntar é um tempo muito longo, e eles sempre dizem a EMUSA não trabalha com a sua própria vontade mas, sempre redobramos o esforço para manter a nossa cidade limpa. – Concluiu.